terça-feira, maio 31, 2005

Braille

brail

Às vezes parece que está tudo errado... o braille só tem sentido quando pode ser lido por quem o entende, de outra forma é completamente improdutivo, porque quem vê não sabe braile, e quem é cego não lê esta minha mensagem no monitor. De qualquer forma tenho algo para dizer que deve ser entendido como um grito silêncioso... ou um grito abafado por uma almofada, um grito de raiva.

terça-feira, maio 24, 2005

O que é a felicidade?

Eu não sei o que é a felicidade...embora queira muito ser feliz. A isto chamo um contrasenso.
Será que eu sou feliz? Ser feliz é estar realizada? Ser feliz é ter objectivos e alcança-los? Ser feliz é pertencer a um clã com que eu me identifico e partilhar experiencias? Ser feliz é ter poder de escolha para decidir tudo o que quero fazer na vida? Ser feliz, na minha opinião é muito mais que isso. Ser feliz é não pensar, não planear, não escolher porque a felicidade não se escolhe não se planeia e nem se pensa?
Eu odeio passagens de ano porque estipulou-se que nesse dia a todos temos que estar felizes, temos que comemorar, rir, beber, desencantar uns amigos que queiram fazer exactamente a mesma passagem de ano que nós... e depois chega-se á cama de resaca e pensasse: que fantochada. Ou então aquelas pessoas que passam a vida a viajar a esbajar dinheiro em coisas futeis, é obvio que não vão dizer que não gostaram da viagem, ou que até apenas foram para sufocar o tédio miserável e hipócrita das suas vidas, na realidade até preferiam estar com outra pessoa qui ça próxima, mas não assumem, mas como gastaram muito dinheiro é obvio que se divertiram. Que bom é o dinheiro...

segunda-feira, maio 23, 2005

À Primeira Vista

Quando não tinha nada eu quis
Quando tudo era ausência esperei
Quando tive frio tremi
Quando tive coragem liguei

Quando chegou carta abri
Quando ouvi Prince dancei
Quando o olho brilhou, entendi
Quando criei asas, voei

Quando me chamou eu vim
Quando dei por mim tava aqui
Quando lhe achei, me perdi
Quando vi você, me apaixonei

by Chico César

E qual é a tua tribo?

Hoje estou tão feliz... é tão bom sabermos que a nossa raça não está em vias de extinção e com 6 233 821 945 (estimativa de 2002) de pessoas no mundo extistem pessoas tão iguais e tão diferentes de nós... eu hoje não me sinto só! Estou feliz porque dentro destes milhões de pessoas existem pessoas que se identificam e vivem em tribos, fico imensamente feliz por pertencer a uma grande comunidade tribal que é Portugal (com 10 084 245 de pessoas)... e por saber que a maior tribo de Portugal é benfiquista (perto de 7 milhões, estima-se)... e ontem... e hoje, aliás, a maior tribo de portugal estava feliz. Fico Feliz pela felicidade alheia... é tão bom ver pessoas estupidamente felizes... aí que felicidade.

sexta-feira, maio 20, 2005

Odeio Rosa Choque

É impercionante! Primeiro estava farta do lay out do meu blog que era castanho... aventurei-me e consegui alterar tudo em dois serões (a parte complicada foi tentar perceber linguagem html, mas até foi bastante intuitivo)... fenomenal... e agora que devia estar tudo bem, pimpa... odeio rosa choque... Agora não sei que faça... e até digo mais a culpa disto tudo é da minha vida estupida, porque realmente se eu tivesse uma vida normal não andava para aqui com estas merdas de muda e não muda. Pois também não é em frente da secretária que vou longe... e depois como disse o zoroastra uma vez num comment, o vasco gaspar (ou a felicidade) não está debaixo da minha cama... e muito menos a trás deste monitor...
Este fim de semana era para ir a mértola ao fim de semana islamico, mas vou ficar a trabalhar (desculpa para continuar com uma vida de merda), mas possivelmente no domingo vou á praia... ainda não sei.

quinta-feira, maio 19, 2005

O triunfo dos gatos

A importância da Torradeira na Revolução Francesa

Desde tempos longínquos que o homem associa as suas invenções a mensagens subliminares associadas a uma guerra. E basta vermos, por exemplo, o que seria a guerra-fria sem o frigorifico, ou o Maio de 68 sem o soutien e até mesmo a 2ª Guerra Mundial sem a rádio.
No caso da importância da torradeira para a Revolução Francesa o inimaginável pode realmente acontecer…
A Revolução Francesa, processo social e político ocorrido na França entre 1789 e 1799, cujas principais consequências foram a queda de Luís XVI e a abolição da torradeira como electrodoméstico de uso monárquico, que poria fim ao Antigo Regime.
As causas determinantes de tal processo estavam na incapacidade das classes dominantes (nobreza, clero e burguesia) em comer torradas devido a uma doença congénita nos dentes, o excesso de manteiga que pesava sobre os impostos dos camponeses, o empobrecimento dos trabalhadores devido à cultura exaustiva de trigo, componente indispensável ao fabrico do pão.
As razões históricas da Revolução:
Mais de um século antes da ascensão de Luís XVI ao trono (1774), o Estado francês já havia passado por várias crises económicas, resultantes das guerras pelo monopólio das torradeiras, empreendidas durante o reinado de Luís XIV; da má administração dos ingredientes e dos dispendiosos gastos de energia. Os defensores da realização de pão de forma começaram a exigir o atendimento às reivindicações apresentadas e, em 1789, ao serem convocados os Estados Gerais, as delegações entraram em confronto com a câmara, rejeitando a manufactura do novo pão, querendo manter o tradicional.
Este desafio ostensivo ao governo monárquico, que contava com o apoio do clero e da nobreza, foi seguido pela aprovação de uma medida que delegava exclusivamente ao rei o poder de comer torradas e decidir qual a quantidade destinada ao clero e à nobreza.
A assembleia dos trabalhadores camponeses respondeu realizando, em 20 de Junho, o chamado "Juramento de fidelidade à torradeira" pelo qual assumia o compromisso de não fabricar mais pão, até que fosse elaborada uma Constituição.
O início da Revolução:
O povo de Paris responderia aos actos de provocação do rei que obrigava os camponeses a assistir aos seus manjares de torradas, salivando mediante a visão de tal acepipe.
Com a insurreição, os distúrbios começaram em 12 de Julho e no dia 14 de Julho uma multidão invadiu e tomou a Bastilha - uma prisão real que albergava todas as torradeiras do reino. Mas antes do início da revolução em Paris, já haviam surgido, em inúmeras regiões da França, distúrbios locais, bem como revoltas de camponeses contra a opressão dos nobres. Deste modo, como classe trabalhadora, começaram a adicionar aos ingredientes tradicionais, produtos químicos que provocavam a degeneração progressiva das gengivas.
A burguesia parisiense, temendo pela sua saúde e que a população da cidade aproveitasse a queda dos dentes, apressou-se a organizar uma milícia popular que foi oficialmente denominada Guarda Nacional do Pão para Torradas (GNPPT). A bandeira de então foi substituída por uma tricolor (azul, branco e vermelho), com o desenho de uma torradeira centrada na cor branca, geminada por uma espiga dourada, que passou a ser a bandeira nacional. E, em toda a França, foram constituídas unidades da milícia e governos provisórios. O comando da Guarda Nacional foi entregue ao Marquês de La Fayette, ficando conhecido na história de França por Marquês de Les Torradétes.
A elaboração de uma Constituição:
A Assembleia Nacional Constituinte aprovou a legislação pelo qual era abolido o regime feudal e senhorial que se traduzia na posse exclusiva das torradeiras e suprimido o dízimo (para manteiga e afins). Foi então elaborada uma Constituição, cuja introdução refere a Declaração Amigável - O Cidadão Universal (DA-O-CU), que refere como principal medida o alargamento do uso da torradeira ao uso doméstico.
Os delegados formularam então os ideais da Revolução, sintetizados em três princípios: "Liberté, Egalité, Fraternité".

Composição de praxe

quarta-feira, maio 18, 2005

Chegou a Primavera

Chegou a primavera e mudei de look, não se assustem, sou eu mesminha... o vosso blog da Carla Susana que só pensa no Vasco Gaspar, mas isso, um dia há de passar me, ou não... nunca se sabe muito bem.

Passo Palavra

Carta Aberta aos designers
Tomo a liberdade de vos endereçar esta carta sobre um assunto que, estou em crer, nos afecta a todos enquanto designers gráficos. Não se trata de um problema novo, e tenho a certeza que a maior parte de nós já passou por esta experiência.
Permitam-me que me explique.
O mês passado recebi uma carta de uma importante instituição do Estado (penso que não estou a violar nenhum código profissional ou ético se revelar que foi o IPPAR). Nessa carta, convidavam-me a elaborar uma proposta de renovação da identidade gráfica e visual do Instituto. A 'consulta', como eles lhe chamam, também requeria a aplicação da nova identidade a uma lista de itens, desde papel timbrado a placas identificativas. Além disso, pediam maquettes para a imagem gráfica de duas galerias, também elas com vários itens incluindo folhetos trilingues, cartazes de programação, material para a loja e, como se isso já não bastasse, uma newsletter. Tudo isto, trabalho gratuito e puramente especulativo. Não sei quantos outros designers receberam este "convite".
Não surpreendentemente, (para todos vós, espero), respondi-lhes agradecendo o contacto e informando que declinava o convite e acrescentei que aquele pedido não só não era razoável, como era totalmente desprovido de ética. Na carta que enviei, expliquei as minhas razões.
Conforme já disse, não se trata aqui de um fenómeno novo - muitos de nós já recebemos 'convites' deste género. Dito isto, não tenho a certeza se existe um consenso de opinião entre os designers em relação a este problema de selecção especulativa. Mas garanto que estou interessado em ouvir as vossas opiniões.
Quando as minhas opiniões chegam aos ouvidos dos clientes, invariavelmente surge a pergunta: que alternativas tem a sugerir? - é estranho como todos ficam sempre surpreendidos face a uma posição contrária à especulação de mercado, como se trabalhar de graça fosse absolutamente natural e correcto. A minha resposta é sempre a mesma.
Há três alternativas razoáveis que me vêm à cabeça. A primeira é promover um concurso aberto com objectivos de design específicos e limitados, que esteja em consonância com as linhas gerais propostas pelo International Council of Graphic Design Associations.
Um bom exemplo desta iniciativa é talvez o concurso para o logotipo do Porto 2001 (apesar de não ter a certeza se eles seguiram todos os critérios do ICOGRADA). Neste caso, a tarefa é muito específica e, apesar de se tratar de um trabalho especulativo - como, aliás, todos os concursos o são - penso que a relação 'investimento vs. perda' é suportável. A segunda alternativa é convidar um número limitado de designers, que são pagos pelas suas contribuições.
Finalmente, a terceira hipótese é familiarizar-se com os portfolios, experiência e práticas de vários designers, e escolher um de acordo com esse conhecimento e informação, na (aceitável) suposição que, em conjunto, se pode encontrar uma solução mútua e viável.
Pergunto-me frequentemente se as pessoas que defendem este tipo de iniciativas especulativas pediriam o mesmo a profissionais de outros campos do conhecimento. Seriam capazes de pedir, por exemplo, a vários autores para escrever de graça um capítulo de um livro e depois escolher o que gostaram mais no fim, ou a um grupo de artistas para pintar um retrato e só escolher depois de pendurar todos os quadros terminados na parede?
Os estudantes e jovens designers não precisam só de orientação e conselhos; precisam também de modelos de comportamento ético a adoptar, e pelos quais se possam reger. Não tenho a mínima vontade de dizer aos meus alunos que o que eles devem contar no futuro da profissão é com trabalho de borla e apresentar o resultado do seu empenho e perícia aos pés dos clientes, para que estes escolham o que mais lhes apetece. Afinal de contas, não somos vendedores de tapetes.
Se calhar já está na altura de, todos juntos, combater esta tendência. Se a maioria dos designers se recusasse a colaborar, especialmente os estúdios mais conhecidos, talvez os hábitos começassem a mudar.
Aguardo ansiosamente o resultado das vossas reflexões.

Com os melhores cumprimentos.
Andrew Howard
20 : 07 : 04 Porto

terça-feira, maio 17, 2005

Num mundo perfeito:

Esperarias 1.618 por mim (a divina porporção do leonardo em que se baseia o desenho do vitruvio), estarias a 143,5 cm de distância (a distância das linhas ferreas, sempre paralelas caminhando lado a lado sem nunca se tocarem ou afastarem)e teriam sido 5 (como tudo o que é perfeito, como a essencia da channel, ou a sinfonia de bethoven) meses perfeitos.

segunda-feira, maio 16, 2005

sete

Talvez o sete seja um numero fatalista, talvez não, mas estou farta de correr atrás, de qualquer modo o cinco é um numero perfeito, e já corri 5 meses atrás de ti... sinto-me muito triste, e cançada, mas não é de ti, é de mim.
Nada é um fim, tudo é um recomeço, um recomeço para outros fins... às vezes basta uma simples palavra para mudar tudo. Uma palavra disparada com a velocidade de uma bala e tudo se pode transformar. Acho que é esse o dom da palavra... fim (não fatalista, mas de recomeço).

quarta-feira, maio 11, 2005

Citação

A vida já é curta, mas nós tornamo-la ainda mais curta, desperdiçando tempo.
Vitor Hugo

Insensatez

A insensatez que você fez
Coração mais sem cuidado
Fez chorar de dor o seu amor
Um amor tão delicado
Ah! Porque você
Foi fraco assim
Assim tão desalmado
Ah! Meu coração
Quem nunca amou
Não merece ser amado
Vai meu coração, ouve a razão
Usa só sinceridade
Quem semeia vento, diz a razão
Colhe sempre tempestade
Vai meu coração
Pede perdão, perdão apaixonado
Vai porque não
Pede perdão
Não é nunca perdoado

Vinicios de Moraes

terça-feira, maio 10, 2005

Confidencia

Este fim de semana consegui falar com o Vasco Gaspar, fiquei aliviada, acho que é essa a expressão, consegui dizer-lhe aquilo que me estava entalado num tête à tête, olhos nos olhos... e fiquei feliz por isso. Gosto muito dele, tudo nele me encanta.
De qualquer forma, sinto que o elevador está solto, desemperrou, e isso já é muito bom. Não gosto de coisas mal resolvidas... às vezes tenho necessidade de dizer tudo o que tenho cá dentro para continuar em frente... e acho que foi isso que aconteceu, mas ainda é muito cedo para falar... preciso de amadurecer o meu sentimento, só o tempo trás a verdade ao de cima.

terça-feira, maio 03, 2005

Eu quero ser eu, igual mas diferente de mim.

Quando era pequena a minha irmã beliscava-me para que eu não dormisse enquanto ela me lia histórias que terminava e eram felizes para sempre. Agora sei que a felicidade tem que se procurar, não no passado ou no futuro, mas no presente que não dorme, mas corre muito, muito mais do que eu. Ser feliz é dificil, às vezes faltam-me os beliscões dela: ACORDA (tens a vida à tua frente), OUVE (vive este segundo)... e foram felizes para sempre (ser feliz é algo que se escolhe, por opção, desde a nascença). E TU O QUE QUERES SER QUANDO FORES GRANDE? Eu apenas quero ser feliz, não aquele feliz hipócrita e falso, mas o feliz de realizada. Mas faço tudo errado... e a cada vez ando mais presa, e mais longe de mim... (cão preso no elevador. Ainda não entendeu onde estão os botões que fazem as portas abrir).