Desde que me lembro como pessoa que ouço alguém dizer acerca de mim cenas do género: "ela é assim mas é boa pessoa", "aaaaaaaaah é de artes, está explicado" ou quando querem mesmo ofender dizem "Tens que te comportar como uma pessoa normal" ou "as pessoas acham te piada mas tens que meter um filtro quando falas"...
Existem dias quando acordo penso para comigo "Carla Susana, tu hoje tens que te tornar uma pessoa mais normal" e é a essa normalidade que eu chamo a normalidade publica, ou seja, a normalidade de etiqueta... Mas afinal o que é a normalidade publica?
Em conversa com várias pessoas amigas, cheguei às seguintes conclusões:
1 _ As pessoas normais têm conversas interessantes (Viste o filme...? sabes a Britney está grávida e o Brad terminou com... e o Modelo está com as peúgas em promoção... ontem o Tiaguinho estava na discoteca... comprei esta langerie... gostas do meu corte de cabelo? e da cor do meu verniz? Quando estive na Holanda... e no Brasil... Porto Galinhas...). Como é óbvio ninguém fala que quasar deriva do nome "quase" em latim e de "star" em Inglês... ou que o número mais perfeito em que toda a harmonia universal assenta é PHI (1.618), ou que quando os navegadores portugueses descobriram o caminho marítimo para a Índia chamaram Bombordo ao lado esquerdo porque era o lado da terra e que estibordo é o lado direito, o lado das estelas (esti - estrelas), ou que o Gualter da Rua Sésamo era peludo e laranja... SIM, porque eu via a Rua Sésamo...
2_ As pessoas normais ao fim de semana vão ao shopping passear e vêem as matinés da televisão enquanto comem bolachas no seu recatado sofá! Por acaso são fixes estes programas de fim-de-semana, mas todos os fins-de-semana? Eu por acaso ainda não descobri o que fazer ao fim de semana... Quando namorava com o Carlinhos, ele ia ver futebol e eu ia passear a Bianca (a cadela) … era muito fixe... ladrávamos e corríamos... ela gostava de mim e costumávamos ladrar (pronto uivar também) muito. Já há um ano que não tenho fins-de-semana caninos... o que me deixa imensamente "désolée" (como diriam os franceses).
3 _ As pessoas normais gostam da cerveja bem gelada, eu gosto dela morta e quente...
4 _ As pessoas normais acham que não se deve dizer o que sente, porque assim protegem-se e nunca parecem frágeis. Eu já tentei mas não sou capaz (mas não deixa de ser um bom conselho) se eu esconder tudo o que sinto passo a viver uma grande fachada. Por exemplo: Eu estou apaixonada pelo Vasco Gaspar, logo, se não lhe dissesse ele podia não saber, ou pior achar que eu estava chateada com ele, porque eu fico mesmo sem jeito ao lado do Vasco Gaspar... ele é tão engraçado (não giro, engraçado mesmo, diz umas piadas giras…faz-me rir) e depois eu nunca sei o que fazer, nem dizer... é muito complicado. Então para facilitar as coisas eu cheguei e disse-lhe: "Sabes estou apaixonada por ti"... e ele respondeu-me aquilo que eu lhe tinha respondido há 3 meses, quando não estava interessada nele "Deixa estar que isso passa ao fim de dois meses". (O grave é que eu já estou apaixonada há um mês e meio e cada dia mais)... Então eu respondi: “Cair do 3º andar dói tanto quanto do 10º, então eu quero cair de bem alto” (pelo menos vou sentir a adrenalina na queda e vou sentir que estou viva e depois o que não nos mata torna-nos mais fortes...)
Estes são apenas alguns exemplos estupidos (visto que não me ocorrem mais nenhuns)... mas também penso para comigo: a normalidade sou eu que a faço, para mim é normal gostar de cerveja quente porque nunca gostei dela gelada... e assim por diante... E se só se vive uma vez (porque é que me fui apaixonar logo pelo Vasco Gaspar (rimou... merda)), para quê preocupar-me com a normalidade que não é a minha...
Existem dias quando acordo penso para comigo "Carla Susana, tu hoje tens que te tornar uma pessoa mais normal" e é a essa normalidade que eu chamo a normalidade publica, ou seja, a normalidade de etiqueta... Mas afinal o que é a normalidade publica?
Em conversa com várias pessoas amigas, cheguei às seguintes conclusões:
1 _ As pessoas normais têm conversas interessantes (Viste o filme...? sabes a Britney está grávida e o Brad terminou com... e o Modelo está com as peúgas em promoção... ontem o Tiaguinho estava na discoteca... comprei esta langerie... gostas do meu corte de cabelo? e da cor do meu verniz? Quando estive na Holanda... e no Brasil... Porto Galinhas...). Como é óbvio ninguém fala que quasar deriva do nome "quase" em latim e de "star" em Inglês... ou que o número mais perfeito em que toda a harmonia universal assenta é PHI (1.618), ou que quando os navegadores portugueses descobriram o caminho marítimo para a Índia chamaram Bombordo ao lado esquerdo porque era o lado da terra e que estibordo é o lado direito, o lado das estelas (esti - estrelas), ou que o Gualter da Rua Sésamo era peludo e laranja... SIM, porque eu via a Rua Sésamo...
2_ As pessoas normais ao fim de semana vão ao shopping passear e vêem as matinés da televisão enquanto comem bolachas no seu recatado sofá! Por acaso são fixes estes programas de fim-de-semana, mas todos os fins-de-semana? Eu por acaso ainda não descobri o que fazer ao fim de semana... Quando namorava com o Carlinhos, ele ia ver futebol e eu ia passear a Bianca (a cadela) … era muito fixe... ladrávamos e corríamos... ela gostava de mim e costumávamos ladrar (pronto uivar também) muito. Já há um ano que não tenho fins-de-semana caninos... o que me deixa imensamente "désolée" (como diriam os franceses).
3 _ As pessoas normais gostam da cerveja bem gelada, eu gosto dela morta e quente...
4 _ As pessoas normais acham que não se deve dizer o que sente, porque assim protegem-se e nunca parecem frágeis. Eu já tentei mas não sou capaz (mas não deixa de ser um bom conselho) se eu esconder tudo o que sinto passo a viver uma grande fachada. Por exemplo: Eu estou apaixonada pelo Vasco Gaspar, logo, se não lhe dissesse ele podia não saber, ou pior achar que eu estava chateada com ele, porque eu fico mesmo sem jeito ao lado do Vasco Gaspar... ele é tão engraçado (não giro, engraçado mesmo, diz umas piadas giras…faz-me rir) e depois eu nunca sei o que fazer, nem dizer... é muito complicado. Então para facilitar as coisas eu cheguei e disse-lhe: "Sabes estou apaixonada por ti"... e ele respondeu-me aquilo que eu lhe tinha respondido há 3 meses, quando não estava interessada nele "Deixa estar que isso passa ao fim de dois meses". (O grave é que eu já estou apaixonada há um mês e meio e cada dia mais)... Então eu respondi: “Cair do 3º andar dói tanto quanto do 10º, então eu quero cair de bem alto” (pelo menos vou sentir a adrenalina na queda e vou sentir que estou viva e depois o que não nos mata torna-nos mais fortes...)
Estes são apenas alguns exemplos estupidos (visto que não me ocorrem mais nenhuns)... mas também penso para comigo: a normalidade sou eu que a faço, para mim é normal gostar de cerveja quente porque nunca gostei dela gelada... e assim por diante... E se só se vive uma vez (porque é que me fui apaixonar logo pelo Vasco Gaspar (rimou... merda)), para quê preocupar-me com a normalidade que não é a minha...
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