quinta-feira, fevereiro 24, 2005

Nivel Zero

Quando nascemos trazemos com um kit de sobrevivencia. Esse kit é o nivel zero. Se não te restar mais nada: respira, come, dorme e apreende o mundo até conseguires interagir com ele. Existem imensas frases que descrevem o nivel zero... é a vida; cá estamos; vamos andando... Depois quem está mal muda-se, e existe sempre o medo de mudar. Nem sempre mudar é a solução, quem se muda para fugir ao problemas possivelmente irá se tornar um nomada amedrontado. Não existe nada pior que o medo. Quem tem medo da morte morre de medo. O medo atrai sempre o bicho papão... medo de mudar.
Será que tudo muda ou tudo se trasforma?

Suspensa

Um dia eu quiz voar mais alto, e voei... mas depois descobri que às vezes é preciso ter muito mais do que asas para voar.
Agora sinto que estou no meio de uma corrente forte que me leva para parte incerta e que a única forma de sobreviver é deixar-me ir na corrente... até onde ela me quiser levar. Muitas vezes pergunto: Será que me vou viver? E será que é esta a minha vida? Ou haverá mais vida depois desta corrente? Sinto-me suspensa na vida... é como se estivesse em estado de apeneia vivencial.

sábado, fevereiro 12, 2005

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barcelona Posted by Hello

barcelona

A semana passada estive em Barcelona com a minha amiga Kátia Carolina... passear, passear... foi bom para arejar as ideias. Eu adoro (AMO- com a boca cheia e num tom quase ladrado) Barcelona, tudo me encanta!

sexta-feira, fevereiro 11, 2005

O amor e a chuva

O que é o amor de hoje em dia? O maior enigma de todos os tempos - O Amor.
Para mim amor é um estado de amizade maior, paixão é atracção. O amor é para a vida, paixão é uma ilusão que desvanece no tempo.

Nos dias de hoje todos estão apaixonados constantemente, por alguém, por um tempo, enquanto incendeia e depois desapaixonam-se facilmente, porque com o tempo tudo se desvanece em criticas... eu vivo neste tempo, que triste! Será que foi sempre assim? Será que a paixão de ejaculação precoce é um paradigma genético? Li um artigo sobre o filme 'closer', que eu não vi, em que falava no amor egocêntrico, ou seja, não o amor pela pessoa, mas o amor pelo sentimento que necessita de um objecto (o parceiro). Dá que pensar... e se eu não estiver apaixonada pelo Vasco Gaspar?... Estar apaixonada é bom, dá cor à vida... Então eu estou apaixonada pelo meu sentimento e não pelo Vasco Gaspar... Serei egoísta, hipócrita, mesquinha? Será que algum dia amei alguém? Será que algum dia alguém me amou?... Sim, porque tudo se desvaneceu no tempo... a minha ideia dos 2 meses... (ninguém é capaz de me suportar mais que dois meses... porque ninguém me amou, eu apenas fui um objecto)... o que é que isso interessa? Já passou, como tudo na vida. Uma paixão é como uma tempestade de verão... Forte, devastadora, mas sempre quente... e no fim tudo se evapora e pouco restou para contar.

Com o Vasco Gaspar é diferente... é como aquela chuva de Inverno ‘molha parvos’, nem chega a ser chuva apenas está lá... constantemente... às vezes pára, às vezes é mais forte... começou em Dezembro... é uma chuva difícil de lidar... se fosse forte, dava para abrir o guarda-chuva... mas assim insípida... esvoaça e encharca. Qualquer forma de não molhar parece drástica e então é-se benevolente até se ficar encharcado... que paixão mais estúpida a minha pelo Vasco Gaspar.

quarta-feira, fevereiro 02, 2005

Normalidade Publica

Desde que me lembro como pessoa que ouço alguém dizer acerca de mim cenas do género: "ela é assim mas é boa pessoa", "aaaaaaaaah é de artes, está explicado" ou quando querem mesmo ofender dizem "Tens que te comportar como uma pessoa normal" ou "as pessoas acham te piada mas tens que meter um filtro quando falas"...
Existem dias quando acordo penso para comigo "Carla Susana, tu hoje tens que te tornar uma pessoa mais normal" e é a essa normalidade que eu chamo a normalidade publica, ou seja, a normalidade de etiqueta... Mas afinal o que é a normalidade publica?
Em conversa com várias pessoas amigas, cheguei às seguintes conclusões:

1 _ As pessoas normais têm conversas interessantes (Viste o filme...? sabes a Britney está grávida e o Brad terminou com... e o Modelo está com as peúgas em promoção... ontem o Tiaguinho estava na discoteca... comprei esta langerie... gostas do meu corte de cabelo? e da cor do meu verniz? Quando estive na Holanda... e no Brasil... Porto Galinhas...). Como é óbvio ninguém fala que quasar deriva do nome "quase" em latim e de "star" em Inglês... ou que o número mais perfeito em que toda a harmonia universal assenta é PHI (1.618), ou que quando os navegadores portugueses descobriram o caminho marítimo para a Índia chamaram Bombordo ao lado esquerdo porque era o lado da terra e que estibordo é o lado direito, o lado das estelas (esti - estrelas), ou que o Gualter da Rua Sésamo era peludo e laranja... SIM, porque eu via a Rua Sésamo...

2_ As pessoas normais ao fim de semana vão ao shopping passear e vêem as matinés da televisão enquanto comem bolachas no seu recatado sofá! Por acaso são fixes estes programas de fim-de-semana, mas todos os fins-de-semana? Eu por acaso ainda não descobri o que fazer ao fim de semana... Quando namorava com o Carlinhos, ele ia ver futebol e eu ia passear a Bianca (a cadela) … era muito fixe... ladrávamos e corríamos... ela gostava de mim e costumávamos ladrar (pronto uivar também) muito. Já há um ano que não tenho fins-de-semana caninos... o que me deixa imensamente "désolée" (como diriam os franceses).

3 _ As pessoas normais gostam da cerveja bem gelada, eu gosto dela morta e quente...

4 _ As pessoas normais acham que não se deve dizer o que sente, porque assim protegem-se e nunca parecem frágeis. Eu já tentei mas não sou capaz (mas não deixa de ser um bom conselho) se eu esconder tudo o que sinto passo a viver uma grande fachada. Por exemplo: Eu estou apaixonada pelo Vasco Gaspar, logo, se não lhe dissesse ele podia não saber, ou pior achar que eu estava chateada com ele, porque eu fico mesmo sem jeito ao lado do Vasco Gaspar... ele é tão engraçado (não giro, engraçado mesmo, diz umas piadas giras…faz-me rir) e depois eu nunca sei o que fazer, nem dizer... é muito complicado. Então para facilitar as coisas eu cheguei e disse-lhe: "Sabes estou apaixonada por ti"... e ele respondeu-me aquilo que eu lhe tinha respondido há 3 meses, quando não estava interessada nele "Deixa estar que isso passa ao fim de dois meses". (O grave é que eu já estou apaixonada há um mês e meio e cada dia mais)... Então eu respondi: “Cair do 3º andar dói tanto quanto do 10º, então eu quero cair de bem alto” (pelo menos vou sentir a adrenalina na queda e vou sentir que estou viva e depois o que não nos mata torna-nos mais fortes...)

Estes são apenas alguns exemplos estupidos (visto que não me ocorrem mais nenhuns)... mas também penso para comigo: a normalidade sou eu que a faço, para mim é normal gostar de cerveja quente porque nunca gostei dela gelada... e assim por diante... E se só se vive uma vez (porque é que me fui apaixonar logo pelo Vasco Gaspar (rimou... merda)), para quê preocupar-me com a normalidade que não é a minha...